Sinopse: Existem segredos que não podem ser levados para túmulo
O corpo de uma jovem é encontrado no fundo do gélido lago Grant, e um bilhete deixado sob uma pedra à sua margem sugere que ela tirou a própria vida. Mas, em questão de minutos, fica claro que aquilo não foi suicídio. Trata-se de um assassinato brutal, cometido a sangue-frio. Sara Linton, ex-médica legista do condado de Grant, hospedada na casa dos pais para passar o feriado de Ação de Graças, vê-se envolvida no caso quando o principal suspeito pede desesperadamente para falar com ela. Porém, quando ela chega à delegacia local, depara-se com uma tenebrosa cena na cela do prisioneiro: ele está morto, e as palavras “Não eu” foram rabiscadas na parede. Algo na confissão dele não faz sentido, então Sara convoca o Georgia Bureau of Investigation. Imediatamente, o agente especial Will Trent interrompe suas férias para se unir à equipe de investigação. No entanto, o que ele encontra é apenas uma muralha de silêncio no condado de Grant, uma comunidade extremamente unida, cujos habitantes possuem elos profundos. E a única pessoa que poderia contar a verdade sobre o que realmente aconteceu está morta
Título: Destroçados (Skoob)
Autor: Karin Slaughter
Série: Will Trent #4
Gênero: Thriller Policial
Editora: Record
Páginas: 448
Classificação: 9,9 (Excelente!)
Livro cedido em parceria com a editora.
Allison deixou a cidade de Alabama para cursar a faculdade e ter uma vida melhor na Geórgia. Porém, certo dia, a garota é encontrada no fundo de um lago, junto à um bilhete de suicídio, o que seria plausível se ela não apresentasse uma marca de faca nas costas.
“Ela não sabia quanto mais ia conseguir aguentar daquilo. Talvez sua avó tivesse razão. Garotas como Allison não faziam faculdade. Arrumavam um emprego na fábrica de pneus, conheciam um cara, engravidavam, se casavam, tinham mais dois filhos, então se divorciavam, às vezes nessa ordem, outras, não. Se ela tivesse sorte, o cara não bateria muito nela.” (p. 9)
O inspetor Frank e os policiais Lena e Brad ficam encarregados do caso. Quando vão até o apartamento em que a vítima morava, deparam-se com um homem mascarado que tenta fugir, ferindo os policiais.
Sara é médica e está de volta à cidade para ficar alguns dias com sua família, após anos da morte de seu marido, o policial Jeffrey. Contudo, sua viagem é abalada quando o homem que foi preso pelo assassinato de Allison – Tommy, um antigo paciente – insiste em vê-la. Mesmo relutante, Sara cede ao pedido, porém, encontra o suposto assassino morto em sua cela com a frase “não eu” escrita na parede com sangue.
Com Frank e Lena reunindo pistas para confirmar a culpa de Tommy, Sara é a única que não acredita que ele tenha cometido o crime, uma vez que ele possuía atrasos de desenvolvimento mental e não tinha o perfil necessário para cometer tal homicídio.
Para Sara, Lena está negligenciando a investigação, assim como fez anteriormente, o que levou à morte de Jeffrey. Decide então investigar por conta própria, contatando a GBI (Georgia Bureau of Investigation, uma agência independente que presta assistência ao sistema de justiça criminal), que envia o detetive Will para o caso. Will, por sua vez, encontra milhares de furos na teoria de Frank e Lena à respeito do assassinato de Allison e do suspeito Tommy.
“[...] Qual seria a sensação de se deixar levar? Qual seria a sensação de permitir que a correnteza a levasse até o meio do lago, onde os pés já não alcançassem o fundo e os pulmões já não conseguissem puxar o ar?
Não era a primeira vez que pensava naquilo. Devia ser o tempo, a chuva persistente e o céu melancólico. Tudo parecia mais deprimente quando chovia. E algumas coisas eram mais deprimentes do que outras.” (p. 13)
Destroçados é um típico thriller policial que todo mundo adora: há tanto detetives bons quanto policiais de caráter duvidoso, algum crime repleto de sangue, suspeitos que não se encaixam no perfil do assassino, alguém disposto a ir até o fim para desvendar o caso e, é claro, muito suspense.
O cenário congelante da cidadezinha traz um ar mórbido à trama, sendo um excelente pano de fundo.
A personagem Sara, apesar de médica, é uma ótima detetive e está disposta ao que for preciso para desmascarar Lena, a policial que ela julga negligente e responsável pela morte de seu ex-marido. Aliada ao detetive Will, formam uma bela dupla, o que acaba gerando a especulação de toda a cidade sobre o envolvimento dos dois.
O inspetor Frank é alguém que não gostamos de início e só desejamos distância. Já Lena desperta vários sentimentos, sendo o mais marcante a vontade de descobrir quem ela realmente é, pois sabemos muito pouco sobre ela e suas atitudes apresentam mais de um ponto de vista.
“Lena sabia lidar com as ligações que a arrancavam da cama de manhã cedo. Conseguia lidar com a carnificina, com os cadáveres e com a tristeza extrema que a morte trazia para cada e todo instante de nossas vidas. O que ela não aguentava mais era estar na linha de frente. Era responsabilidade demais. Risco demais. Você cometia um erro, e isso poderia custar uma vida – não a sua, mas a de outra pessoa. Podia acabar gerando a morte do filho de alguém. Do marido de alguém. Do amigo de alguém. Descobria-se com bastante rapidez que o fato de outra pessoa morrer sob sua supervisão era bem pior do que o espectro da própria morte.” (p. 36)
A narrativa é muito envolvente e repleta de suspense, já que a principal testemunha do assassinato tem um perfil totalmente contrário ao de alguém que cometeria o crime da forma como foi cometido. A investigação ocorre tanto pela polícia local quanto por Will, que nos leva à pistas mais sólidas, mas, ao mesmo tempo, à atitudes que não se encaixam, levando os ânimos ao extremo quando um novo homicídio ocorre.
A capa é bonita e misteriosa, e a obra conta com um excelente trabalho editorial. O livro é marcado por homicídio, investigação policial e suspense, não trazendo nada de muito extraordinário aos livros do gênero, mas também não deixando de ser uma excelente e empolgante leitura.
Nota: Esse livro faz parte de uma série chamada Will Trent, sendo esse o quarto volume. Como são livros investigativos diferentes, com casos diferentes onde o que liga a série são os investigadores, não há problema algum em serem lidos fora da ordem (mesmo porque alguns ainda não foram publicados no Brasil).
Sua resenha ficou incrível e já me interessei pelo livro <33
ResponderExcluirParabéns pelo blog, já estou seguindo para poder acompanhar as novidades
www.papomoleca.com.br
Amanda!
ResponderExcluirAmo thriller policiais e saber que todos os personagens de um lado e de outro são bem escritos e se envolvem no enredo, é maravilhoso.
Amo suspense e quando a narrativa é envolvente, fica ainda melhor para fazer a leitura e já estou bem curiosa.
Que a semana seja abençoada!
“Desejo a você e à sua família um Natal de Luz! Abençoado e repleto de alegrias. Boas Festas!” (Priscilla Rodighiero)
cheirinhos
Rudy
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