Sinopse: Do mesmo autor de A Garota No Gelo. A Detetive Erika Foster tem agora um desafio aterrorizante. “A sombra saiu da escuridão e subiu as escadas silenciosamente. Para observar. Para aguardar. Para colocar em prática o que há tanto tempo planejava.” Em uma noite de verão, a Detetive Erika Foster é convocada para trabalhar em uma cena de homicídio. A vítima: um médico encontrado sufocado na cama. Seus pulsos estão presos e através de um saco plástico transparente amarrado firmemente sobre sua cabeça é possível ver seus olhos arregalados. Poucos dias depois, outro cadáver é encontrado, assassinado exatamente nas mesmas circunstâncias. As vítimas são sempre homens solteiros, bem-sucedidos e, pelo que tudo indica, há algo misterioso em suas vidas. Mas, afinal, qual é o segredo desses homens? Qual é a ligação entre as vítimas e o assassino? Erika e sua equipe se aprofundam na investigação e descobrem um serial killer calculista que persegue seus alvos até achar o momento certo para atacá-los. Agora, Erika Foster fará de tudo para deter aquela sombra e evitar mais vítimas, mesmo que isso signifique arriscar sua carreira e também sua própria vida.
Título: Uma Sombra na Escuridão (Skoob)
Autor: Robert Bryndza
Série: Detetive Erika Foster #2
Gênero: Thriller Policial
Editora: Gutenberg
Páginas: 320
Onde comprar: Amazon / Saraiva
Classificação: 9,8 (Excelente!)
Livro cedido em parceria com a editora.
Uma Sombra na Escuridão é thriller policial para os amante de ação e Serial Killers.
Esse segundo livro de Robert Bryndza trás sua detetive Érika Foster em um novo caso policial, onde um suposto Serial Killer vem matando suas vitimas na calada da noite, sem deixar rastros.
Para quem não associou o nome do autor, o primeiro livro dessa série, que pode ser lido fora de ordem, é A Garota no Gelo - resenha aqui.
Como todo bom livro do gênero, temos vários assassinatos ao longo da trama, todos seguindo um padrão bastante incomum: as vítimas foram encontradas mortas com um saco de suicídio na cabeça. Um apetrecho para suicidas não perderem a coragem na hora da asfixia. Outro ponto em comum é que todas as vitimas eram homens e estavam drogados.
A partir desse ponto a nossa detetive inspetora Ericka irá coletando informações para chegar ao criminoso, que aparentemente estuda a rotina de suas vítimas com antecedência, entra em suas casas na calada da noite e não deixa rastros.
Um ponto legal nesse livro é forma como o autor desenrola a trama sem deixa-la monótoma caindo na mesmice de: quem é o assassino? Metade do livro segue essa fórmula, porém a outra metade revela ao leitor quem é o assassino e então a leitura fica ainda mais dinâmica já que nos capítulos da investigadora torcemos para as evidencias aparecerem e nos capítulos do assassino ficamos angustiados tentando descobrir quem será a próxima vítima, já que ao longo da trama temos outros elementos, personagens de menor participação mas que de alguma forma podem estar na mira.
Gostei muito do desenrolar da história já que fala muito sobre violência e abuso contra a mulher, explora consequências de uma forma extrema. Soma insônia à personalidade psicótica e um histórico de abandono, fazendo o leitor refletir sobre como a mente humana funciona. Além de estender-se, ainda que superficialmente, a pedofilia.
A história coloca em muita evidencia a mulher, e por ser escrito por um homem, me faz imaginar que o autor tem uma mente aberta e bem esclarecida, isso me anima e soma muito!
"Muitas coisas nos homens enojavam Simone: a petulância, o desvio sexual, a maneira como recorriam à violência quando queriam ficar no controle ou não conseguiam as coisas do jeito deles."
A agilidade da escrita é maravilhosa, com capítulos curtos e instigantes ainda trás entre os mesmos, diálogos virtuais entre o assassino até então anônimo e um suposto cúmplice. Essa interação virtual serve como gancho para lá no final o leitor concluir todas as pontas soltas.
As cenas criminais são detalhadas de modo suficiente para que o leitor visualize sem forçar a barra para quem não gosta tanto assim de "sangue", mas não perde a agonia quando nós deixa saber que o assassino espreita no escuro em embaixo da cama.
Finalizando, gosto de personagens bem estruturados, como é o caso do assassino, mas também é o caso da detetive, que tem um passado triste e vive dias vazios (como todo bom investigador de trama policial né gente?!) isso trás uma atmosfera cinzenta sobre todos os momentos e não só os que o Serial aparece, e estende-se aos cenários pouco glamourosos, com demais personagens brigando por cargos e interesses próprios.
" - Na imprensa, eles sempre descrevem as pessoas como monstros, e nós usamos esse termo também - disse Érika. - Mas com certeza elas não nascem monstros, não é? Um bebezinho nunca é um monstro. Todo mundo chega bom a este mundo, não chega? É a vida das pessoas e as circunstancias que as transformam em más?"
Não posso terminar sem deixar uma crítica quanto a pequenos detalhes na trama, em sua maioria durante a execução dos crimes. Apesar de todos os motivos extremamente convincentes sobre o assassino, algumas coisas durante a execução dos assassinatos são forçados ou de extrema sorte do mesmo. Não da para sustentar por mais de uma ocasião a boa sorte, então talvez esses detalhes precisem ainda ser mais trabalhados pelo autor. Assim como pequenos questionamentos que me surgiram ao longo da trama e que não ficaram bem claros, mas não posso comenta-los sem spoiler, infelizmente. São pequenos detalhes que passam despercebidos para muitos e que realmente não comprometem a leitura em ponto nenhum. Continuo colocando o autor nas minhas leituras obrigatórias no gênero!
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