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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

✓ Resenha: A Garota no Gelo - Robert Bryndza



Seus olhos estão arregalados... Seus lábios estão entreabertos... Seu corpo está congelado... Mas ela não é a única. Quando um jovem rapaz encontra o corpo de uma mulher debaixo de uma grossa placa de gelo em um parque ao sul de Londres, a detetive Erika Foster é chamada para liderar a investigação de assassinato. A vítima, uma jovem e bela socialite, parecia ter a vida perfeita. Mas quando Erika começa a cavar mais fundo, vai ligando os pontos entre esse crime e a morte de três prostitutas, todas encontradas estranguladas, com as mãos amarradas, em águas geladas nos arredores de Londres. Que segredos obscuros a garota no gelo esconde? Quanto mais Erika está perto de descobrir a verdade, mais o assassino se aproxima dela. Com a carreira pendurada por um fio depois da morte de seu marido em sua última investigação, Erika deve agora confrontar seus próprios demônios, bem como um assassino mais letal do que qualquer outro que já enfrentou antes.

Título: A Garota no Gelo
Autor: Robert Bryndza
Gênero: Thriller
Editora: Gutemberg
Páginas: 320
Onde comprar: Saraiva
Classificação: 9,5 (Excelente!)
Livro cedido em parceria com a editora. 




Lee Kinney é o jardineiro do Horniman Museum e, em um dia de trabalho – e de muita neve – ele encontra, ao lado de um Ipod, o corpo de uma garota congelado.

A detetive principal do caso é Erika Foster, a Detetive Inspetora Chefe é muito determinada e está disposta a fazer de tudo para encontrar o assassino da vítima, identificada como Andrea Douglas-Brown, uma garota de 23 anos, vinda de uma família muito rica e poderosa. Outros investigadores irão auxiliar Erika no caso, são eles os detetives Moss, Peterson e Sparks.

Um dos grandes mistério é que o corpo foi encontrado em Forest Hill, um local bem diferente do padrão de vida luxuoso de Andrea. O que ela estaria fazendo em um local como aquele? Há ainda suspeitas de que ela foi vista no The Glue Pot, um pub da pesada, conhecido por ser frequentado por prostitutas.

Erika decide investigar por conta própria e acaba chegando até Ivy Norris, uma prostituta não muito confiável, mas que parece saber algo sobre o caso, pois estava no mesmo Pub que Andréa. Com atitudes que vão desde conhecer pessoalmente o Pub ou emitir um mandado de prisão para quem acredita ser suspeito, Erika enfrentará a opinião dos outros detetives e até mesmo será perseguida, para conseguir provar que sua teoria é, provavelmente, a certa... Ligando o caso de Andréa ao de três outras garotas assassinadas.

“Ela passou as três horas seguintes perambulando pelos pubs mais barras-pesadas que já tinha visto em sua longa carreira. Não era a miséria, a sujeira e nem as pessoas bêbadas que a incomodavam. Era a expressão de desespero quando escoravam no balcão, a desesperança quando se sentavam curvadas em um canto ou despejavam o pouco dinheiro que tinham em caça-níqueis.” (p. 119)

A Detetive Foster é muito astuta e não mede esforços para descobrir a verdadeira história de Andréa – e como o ocorrido se liga com outros crimes – arriscando sua própria vida e confrontando os outros detetives e até mesmo a imprensa. Após sofrer pela dor de perder seu marido, também policial, em um caso que não deu certo, a inspetora não se contenta enquanto não colocar o responsável atrás das grades e mostrar que, não só seus instintos, como também suas testemunhas – mesmo que não muito confiáveis – levarão ao caminho certo quanto a história de Andréa.

“− Você não tem ideia do que é crescer com privilégios e poder. É intoxicante. Observar o quanto as pessoas tratam você e seus pais de maneira diferente. O poder é um gás que sai pelos seus poros e infecta as pessoas ao redor. O poder corrompe, envolve, instiga...” (p. 314)

A trama se passa em Londres e mescla diferentes níveis econômicos, como o Pub The Glue Pot e a casa da poderosa família Douglas-Brown em Chiswick. Várias pessoas são investigadas, incluindo a família de Andréa – seus pais Simon e Diana, sua irmã Linda e seu irmão David – além do noivo Giles, e de duas figuras misteriosas que, segundo o relato de Ivy, estavam com Andréa no Pub: uma mulher loira e um homem de cabelo escuro.

A narrativa é muito envolvente e a cada capítulo surge uma nova pista ou um mistério. Porém, alguns trechos são um pouco cansativos, principalmente os conflitos entre os detetives, a meu ver alguns pontos poderiam ser mais diretos, evitando que a leitura perca o ritmo.

A capa é bonita e a diagramação está impecável. Quanto à revisão, apenas dois errinhos passaram despercebidos. A proposta é boa e – no cenário de Londres – torna a leitura ainda mais agradável. É um livro policial cheio de mistérios e investigação, mas também com algumas cenas mais pesadas, que certamente agradam aqueles que adoram um bom suspense.


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4 comentários:

  1. Oi Amanda,
    Esse livro me pareceu ser muito interessante e despertou a minha curiosidade.
    É bem um gênero que eu curto ler, sem dúvidas acrescentei na minha enorme lista!

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  2. O meu chegou, amanhã vou buscar!!! OMG! Agora preciso ler ele logo!!!

    Adorei a resenha!! Adoro esse clima de mistério.

    Bjkssssss

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  3. Oi Amanda, eu gosto das histórias que são passadas em Londres, sou apaixonada por lá. Eu estou curiosa quanto a história desse livro e espero ter a oportunidade de ler o quanto antes.
    Beijos
    [SORTEIO] Aniversário de 1 Ano: Livro - Perdida
    Quanto Mais Livros Melhor

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  4. Oi Amanda,
    a Editora Gutemberg arrasou nessa capa, me apaixonei. Adoro livros de suspense, mas em 2016 li muitos romances de época e senti falta desse mistério.
    Espero ter a oportunidade de ler esse livro em breve.

    Beijos,
    Anne
    Fadas Literárias

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