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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

✓ Resenha: Uni-Duni-Tê - M. J. Arlidge


Sinopse: Um assassino está à solta. Sua mente doentia criou um jogo macabro no qual duas pessoas são submetidas a uma situação extrema: viver ou morrer. Só um deverá sobreviver. Um jovem casal acorda sem saber onde está. Amy e Sam foram dopados, capturados, presos e privados de água e comida. E não há como escapar. De repente, um celular toca com uma mensagem que diz que no chão há uma arma, carregada com uma única bala. Juntos, eles precisam decidir quem morre e quem sobrevive. Em poucos dias, outros pares de vítimas são sequestrados e confrontados com esta terrível escolha. À frente da investigação está a detetive Helen Grace, que, na tentativa de descobrir a identidade desse misterioso e cruel serial killer, é obrigada a encarar seus próprios demônios. Em uma trama violenta que traz à tona o pior da natureza humana, Grace percebe que a chave para resolver este enigma está nos sobreviventes. E ela precisa correr contra o tempo, antes que mais inocentes morram.


Título: Uni-Duni-Tê
Autor: M. J. Arlidge
Gênero: Thriller
Editora: Record
Páginas: 322
Onde comprar: R$31,90
Classificação: 9,8 (Excelente!)
Livro cedido em parceria com a editora.



Tudo começa com Amy e Sam, um casal de namorados que, após um show em Londres, estão pedindo carona na rua, completamente ensopados pela chuva. Quando uma van para e uma mulher de aparência comum oferece ajuda, tudo parece se resolver e o casal respira aliviado. Só não imaginavam que, após beber o café oferecido para se aquecerem, iriam acordar em uma piscina fria e abandonada, de quase cinco metros de profundidade, completamente ilhados e sem possibilidade de fuga. Com eles, um revólver munido com apenas uma bala e um celular carregado apenas tempo suficiente para transmitir uma mensagem: matar ou morrer? Apenas um sairá vivo.

“ – No chão, ao lado do celular, tem uma pistola. Está carregada com uma única bala. Para Sam ou para você. Este é o preço da sua liberdade. Para viver, precisa matar. Você quer viver, Amy?” (p. 6)

Não demora muito para outros episódios do jogo doentio ocorrer. As vítimas? Não parecem ter nada em comum: um casal, dois colegas de trabalho, uma mãe e sua filha deficiente, que vivem trancadas em casa por sofrerem constantes ameaças de violência, até mesmo duas garotas de programa. Todos foram trancados em algum local abandonado e deixados para morrer – ou, pior ainda, tomar a terrível decisão de matar.

Para todas as vítimas, contudo, a dor é certa: para os que sobrevivem, o peso e a culpa da morte jamais serão superados. Os que voltaram com vida relataram uma mulher como a motorista da van, e que ofereceu ajuda. Apesar das declarações não coincidirem, uma coisa é fato: lidavam com uma serial killer.

Os principais policiais encarregados do caso são Helen Grace – uma mulher forte e determinada, viciada em trabalho; Mark – divorciado e com problemas relacionados à bebida, e Charlie, a detetive jovem e atraente.

“Era sua primeira jogada. Helen esperava que rendesse alguma coisa, mas tinha a sensação de que esse seria um jogo longo, difícil e mortal. Ficou claro que estavam lidando com uma pessoa organizada, inteligente e precisa. A motivação para esses crimes permanecia um mistério, mas não havia dúvida quanto ao calibre dessa assassina.” (p. 60)

Uni-duni-tê é um thriller pesado que vai exigir muito do psicológico dos leitores. Apesar de contar com vários capítulos que abordam o relacionamento conflituoso entre a inspetora Helen e o policial Mark, e narrar as sessões masoquistas bem perturbadores de Helen, a assassina que conhecemos não apresenta nenhuma piedade em seus jogos macabros, que lembrou-me até mesmo o filme Jogos Mortais, mas sem todas as engenhosidades, apenas o básico: duas pessoas entre quatros paredes e um revólver, quem irá matar e quem irá morrer?

A narrativa é super envolvente e ficamos o tempo todo angustiados para descobrir quem é a assassina e por que ela age de maneira tão mórbida. Conforme as pistas vão sendo descobertas, a busca fica ainda mais intrigante, seria as vítimas pessoas já conhecidas por Helen? Alguns trechos ainda narram o passado problemático e cruel da assassina, teria ela um motivo, ainda que insano, para as atrocidades que comete?

O título, a capa e algumas passagens mórbidas e nojentas me lembraram um pouco Stephen King, por isso não recomendaria para pessoas sensíveis. Apesar de, a meu ver, no decorrer do livro os capítulos sobre as vítimas ficarem mais escassos e haver um foco maior na história de Helen. Contudo, para quem gosta de uma leitura mais macabra é uma obra de tirar o fôlego.

A capa está básica, mas muito misteriosa, o que me agradou. A revisão está boa, apesar de ter achado a diagramação não tão atraente. Temos também personagens peculiares, como a policial Helen, adepta à práticas de punição masoquista e dona de um passado misterioso. Além, é claro, de uma assassina bem sanguinária, cuidadosa e estratégica, que é a cereja do bolo. Para quem já está curioso, prepare as emoções para um desfecho ainda mais surpreendente.

“Agora ficou óbvio que estavam lidando com uma serial killer. Helen tinha sido treinada, lera estudos de caso, mas ainda assim nada a preparara para isso. Na maioria dos casos era fácil decifrar a motivação, a conexão com a vítima, mas não neste. Não era algo misógino, não era crime sexual – e, aparentemente, não havia qualquer correlação entre as vítimas envolvendo idade, gênero ou classe. Helen se sentia como se estivesse sendo sugada para dentro de um túnel comprido e muito escuro.” (p. 64)

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3 comentários:

  1. Esse livro já está na minha wishlist desde quando li a sinopse.
    Adorei a resenha!
    Agora estou ainda mais ansiosa para comprar e ler.

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  2. Olá!
    Tenho lido mta coisa boa sobre o livro, curiosa pra conhecer esses detalhes que á mim agradou dmais!
    Bjs!!

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  3. Oiii!
    Nunca quis tanto um livro!
    Parece ser legal e muito forte! Obrigada pela dica!
    Beijosss

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