O mesmo autor de Clube da Luta apresenta um retrato afiado do feminismo, do prazer sexual e do apocalipse do marketing em uma nova narrativa sobre as psiques desconjuntadas de homens e mulheres contemporâneos. Penny Harrigan é uma jovem recém-formada em Direito que trabalha no maior escritório de advocacia de Manhattan. Vinda do meio-oeste, ela mora em um apartamentinho no Queens com duas colegas e há tempos não tem nem sinal de vida amorosa. Por isso, imagine o choque que leva quando C. Linus Maxwell – ou “ClíMax”, o megabilionário famoso por casos com as mulheres mais lindas e cobiçadas do planeta – a convida para jantar? Pois ele não só a leva ao restaurante mais badalado de Nova York, como também a uma cobertura em Paris onde, caderneta à mão, começa a conduzi-la por dias e dias de ápices insonháveis de prazer orgásmico. Vai reclamar? Sim: Penny descobre que é a cobaia na etapa final de pesquisa e desenvolvimento da Beautiful You, uma linha de apetrechos sexuais que serão vendidos às mulheres do mundo todo numa cadeia multinacional de lojas. Milhões de mulheres fazem fila para abastecer-se do catálogo de aparelhinhos, tão potentes e eficazes que, por todo o globo, elas chegam em casa, trancam-se no quarto e não saem mais – a não ser quando precisam de pilhas. Alguém precisa deter o plano de Maxwell de dominar o mundo usando o prazer erótico. Mas como?
Título: Clímax
Autor: Chuck Palahniuk
Gênero: Ficção Norte Americana / Sátira
Editora: Leya
Páginas: 224
Melhor Preço: R$16,50 (Amazon)
Classificação: 9,8 Excelente
Livro cedido em parceria com a editora.
Clímax foi a minha primeira aventura pela escrita do aclamado autor Chuck Palahniuk e confesso que nem ter assistido ao Clube da Luta, filme baseado em outro livro do autor, e nem ter ouvido os comentários de diversos amigos sobre as obras dele me prepararam para a surpresa que essa leitura me proporcionou. Esse é sem dúvida um livro escrito com não um, mas os dois pés no reino da loucura, mas que com certeza traz à tona críticas sólidas e muito conscientes.
A história começa em uma cena já próxima ao fim e depois somos conduzidos para onde realmente tudo começou. E é ai que nós conhecemos Penny Harrigan uma jovem advogada de aparência e personalidades comuns e também levemente desengonçada, que acaba de uma hora pra outra sendo cortejada pelo homem mais cobiçado da América, C Linus Maxwell, mais conhecido como ClíMax.
Tenho quase certeza que esse início te lembrou uma outra obra, né? Pois acredito que essa foi exatamente a intenção do Chuck, pois o autor desenvolveu em sua obra um núcleo de personagens bem semelhantes aos que são comumente usados para desenvolver alguns romances eróticos que fazem sucesso atualmente. Mas, a semelhança só fica por ai mesmo, pois a única intenção do Chuck com isso é a de salientar a Sátira, já facilmente detectável desde o inicio da leitura. Porque uma vez que os protagonistas começam a se relacionar, o enredo engata a marcha rápida para o reino da loucura.
Penny descobre que nada mais é do que uma mera cobaia de ClíMax no desenvolvimento de sua linha de apetrechos sexuais femininos e é assim que ele pretende dominar o mundo. E é ai que a história começa a se transformar de uma sátira soft-porn à uma distopia pré-apocalíptica do sexo.
Sério minha gente, vocês já viram isso em algum livro?
Então, não tenho mais nem como descrever outras coisas que acontecem na história, porque simplesmente não iria adiantar, vocês continuariam sem entender e eu ia dar um monte de spoiler. Entendam, nada que eu disser vai preparar você para o que você vai encontrar nesse leitura.
A escrita do Chuck é bem dinâmica e clara, algo que acaba facilitando a leitura, já que o enredo acaba sendo bem tortuoso, mas não posso deixar de dizer que a achei levemente impessoal também. A História é narrada em terceira pessoa, mas o narrador só acompanha a Penny de modo que eu fiquei com a impressão de que a história era contada pelo ponto de vista dela. Uma vez que existem vários personagens secundários que poderiam ser mais ultilizados, assim como o próprio ClíMax poderia ter recebido mais alguma visibilidade, mas eis ai mais uma forma do autor criticar o machismo nos soft-porns, ele dá em sua obra o protagonismo todo a mulher. Porém essa narração (perseguidora) fez com que no momento que eu comecei a questionar a sanidade da personagem, Penny, eu acabei desconfiando um pouco do narrador também, pois era como se ambos estivessem ligados, na minha concepção.
Enfim, o livro traz em suas páginas várias críticas sociais, fica claro o posicionamento do autor quanto a cultura de massa e ao consumismo que ela promove, mas a história vai além e crítica a sociedade misógina, porém, não se iluda que no meio disso tudo o feminismo foi poupado de receber uma crítica, não foi. E recebeu uma muito válida, diga-se de passagem.
Chuck se mostrou um autor hiperativo, terminei a leitura embriagada e chocada como ele conseguiu colocar tanta coisa, tanta loucura, dentro de tão poucas páginas. Mas, é assim que caminha esse livro, dividido entre a comédia pastelão, que te leva a crer que está lendo mais um besteirol americano, e ai na sequência o autor te lança uma crítica ácida, que se assemelha a uma paulada na cabeça da sociedade, pra então chocar mais ainda com a descrição de cenas de sexo explicitas, obscenas e bizarras, que foram capazes de chocar até a mim (e olha isso é difícil).
Parece que cada linha que eu escrevo tentando explicar, eu consigo confundir mais, por isso me abstenho por aqui.
Chuck se mostrou um autor hiperativo, terminei a leitura embriagada e chocada como ele conseguiu colocar tanta coisa, tanta loucura, dentro de tão poucas páginas. Mas, é assim que caminha esse livro, dividido entre a comédia pastelão, que te leva a crer que está lendo mais um besteirol americano, e ai na sequência o autor te lança uma crítica ácida, que se assemelha a uma paulada na cabeça da sociedade, pra então chocar mais ainda com a descrição de cenas de sexo explicitas, obscenas e bizarras, que foram capazes de chocar até a mim (e olha isso é difícil).
Parece que cada linha que eu escrevo tentando explicar, eu consigo confundir mais, por isso me abstenho por aqui.
Eu curti muito a leitura e a recomendo, para maiores de idade, porque o livro tem algumas cenas bem pesadas. Para leitores críticos. Para pessoas de mente aberta que não tem problema de encarar o novo, o bizarro, o não trivial. Se você busca uma leitura pra relaxar, recomendo que procure outro livro, porque Clímax é uma obra questionadora, que te fará ficar de boca aberta, te fará rir e também refletir.
O Trabalho gráfico da editora Leya está excepcional, a capa do livro é a mesma da edição original e tem muita relação com o enredo, não notei erros na revisão durante a leitura, só achei que a letra usada poderia ter sido um pouquinho maior.
Oi Kris!
ResponderExcluirNão achei a resenha confusa não. Vc explorou bem o enredo. ;)
Eu não conhecia o autor.. O.O kkkkk Nunca li nada dele e acho que tbm não assisti ao filme, mas vou procurar saber! rsrsrsrs
Parabéns pela resenha. Gostei muito e fiquei curiosa!
Bjo bjo^^
Ana Paula,
ExcluirO livro me deixou meio confusa, sabe?
Daí não sei, não conseguia organizar tudo o que eu devia falar, sem me senti enchendo linguiça, mas que bom que consegui me fazer entender.
Interessante mas ao mesmo tempo deve ser um pouco confusa essa ideia da história começar pelo final e depois ir voltando. Com certeza não é um livro que eu leria, até pelo fato que você falou que tem cenas bem pesadas.. e eu prefiro histórias mais leves :)
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Interessante a proposta do livro e diferente de qualquer livro nesse gênero, mas não é do meu gosto ler livros assim, prefiro outros temas =)
ResponderExcluirEu nunca imaginaria uma temática assim, mas confesso que adorei, e fiquei sim muito curiosa com o desfecho desse livro, de como se procede toda a ideia da busca incessante pelo prazer. Não achei que sua resenha ficou confusa não, se você tivesse escrito mais seria um spoiler não? Adorei a mistura de erotismo e violência (bem característico da linguagem do autor) e esse livro já está em minha listinha
ResponderExcluirOii , boa indicação. Mas não leria, não gosto muito de como o tema seja imposto como uma prática tão banal assim.
ResponderExcluirNossa, não conhecia esse livro e já quero ele.
ResponderExcluirAdoro esse gênero literário e me encantei por essa história.
Ótima indicação :)
Parece ser uma história e tanto, além de ser diferente de todas que já li <3
Espero poder ler em breve.
Beijos,
Caroline Garcia
Oie!
ResponderExcluirA resenha tá mto boa, o livro parece ser bom, mas uma pena não ter me prendido tanta atenção como eu gostaria q ia ser... :(
Bjs
Não conhecia nem o livro e nem o autor, mas não sei se algum dia leria esse livro. Pela sua resenha eu não o achei muito confuso não KKKKKK. Mas no geral ele é um livro super diferente!
ResponderExcluirchuck palahniuk é maravilhoso! e não estou dizendo isso por clube da luta ser um dos meus filme/livro preferido hahahahah
ResponderExcluirainda nao tenho climax, mas pretendo ter em breve
Conheço mais por aquele outro. Esse é novidade. E parece ser bem louquinho também. Gostei dele, deu vontade de ler. Por ter umas críticas então é bem interessante e acho que iria curtir ver essa visão do autor sobre esses assuntos. É bem atual.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirAinda não li nada do autor e essa foi um livro que me surpreendeu pois com certeza não esperava essa historia, a historia parece ser mesmo bem louca o que me deixo curiosa e achei interessante essa critica que o autor faz !!
Oi Kris.
ResponderExcluirJá vi o filme Clube da luta e gostei bastante. Achei a trama bem interessante e você nota as alfinetas a aspectos da sociedade.
Clímax parece ser bem interessante também! Parece ser uma leitura densa e bastante reflexiva. Fiquei com vontade de ler.
Não gosto de livros assim, nem livros e nem filmes. Meu lance é mais romances mesmo.
ResponderExcluirGosto muito dele,li outras obras,diário e no sufoco. Gosto da forma irônica que ele aborda os temas. Vale muito a pena.
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