Sinopse:O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?Título: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Pág. 424
Melhor Preço: R$ 22,30
Classificação: 9,6 (Excelente!)
A Rainha Vermelha foi um dos lançamentos do gênero distópico que mais fez sucesso neste primeiro semestre de 2015, e que em breve ganhará sua adaptação cinematográfica. Uma narrativa em primeira pessoa que conta um pouco sobre como a ganância e o poder mudaram radicalmente a vida de uma garota simples que vivia no povoado Palafitas, que garantia seu sustento através de pequenos furtos: Mare Barrow.
Logo nas primeiras páginas Mare conta um pouco ao leitor sobre o povoado onde nasceu e a hierarquia social do lugar: Prateados no topo, Vermelhos na base. Encontrei aqui a característica mais futurística e fantástica do livro. Pessoas ricas com poderes especiais e sangue prateado são divididas em casa e participam do governo e dos cargos mais altos das forças armadas. Já aqueles com pouco dinheiro e status, além do sangue vermelho formam a camada paupérrima e injustiçada da sociedade distópica de Victoria Aveyard. Entretanto, uma característica de Mare faz com que ela tenha mais em comum com os Prateados do que imagina.
"Os agentes são prateados, e os prateados não têm nada a temer de nós, vermelhos. Todo mundo sabe disso. Não somos iguais, embora não dê para perceber só de olhar. A única coisa que nos diferencia - ao menos por fora - é que os prateados andam eretos. Já nossas costas são curvadas pelo trabalho, pela esperança frustrada e pela inevitável desilusão com nosso fardo na vida. "
A ideia da autora não foge muito daquilo que os leitores de Jogos Vorazes e A Seleção já conhecem. Inclusive, existem muitos elementos desta trilogia que a torna extremamente parecida com as anteriormente citadas. Mare é uma garota forte e ladra, semelhante a Katniss Everdeen (Jogos Vorazes). A luta em uma arena a tão famosa marca da obra de Suzanne Collins, também acontece sob outras proporções, mas com o mesmo propósito e crítica de costumes. Além, é claro, de o fato de existir uma realeza e Mare chegar a conhecê-la remete à detalhes de A Seleção.
"Ele não entende o que são esses shows. Não se trata de um simples entretenimento, um descanso para o nosso trabalho cansativo. É uma mensagem fria e calculista. Apenas prateados podem lutar na arena porque apenas eles podem sobreviver à arena."
Apesar desta análise comparativa inevitável, A Rainha Vermelha tem um motivo diferente pela fórmula do sucesso. A ambientação de maior parte da obra é em um lindo palácio, o que rende novos detalhes à narrativa. Nesse lugar, surgem personagens incríveis que apoiam a Mare na luta contra o sistema ditador. O seu melhor amigo, Kilorn, tornou-se o menino dos olhos que ela tenta proteger durante os acontecimentos; sua família que já sofreu tanto por conta de suas artimanhas termina sem um final concreto. É mais um motivo que ganho para continuar lendo a série.
Entretanto, tenho vários motivos para continuar lendo, não apenas o anterior. Mas nem por isso vou compartilhá-los, pois não quero revelar detalhes do enredo. Garanto apenas que neste livro tem vários momentos "royal pains", com belos jantares e bailes que acontecem em um palácio enorme. Sem deixar de existir, claro, momentos de amor e intimidade, além de uma traição imperdoável que partiu meu coração.
"É cruel dar esperanças quando não há nenhuma."
Mesmo com momentos fofos no estilo "família real feliz", existe toda uma rede de conspiração e mentiras sobre a qual o sistema é embasado. O fato de os poderosos apresentarem características especiais como telepatia e magnetismo, tornam uma simples discussão uma situação de tirar o fôlego, com muito suspense.
É visível que o livro me encantou em vários aspectos, mas minha reclamação é bem próxima a de outros leitores: por quê a Mare é tão marrenta, só faz o que dá na telha? Não entendo o porquê dessa mania de fazer personagens extremamente fortes e decididas se transformarem em menininhas mimadas só porque algo ocorreu errado. Se é uma tentativa e torná-las mais parecidas com seus leitores, é um pouco falha. Ademais, nada a reclamar. Livro incrível e que faz jus à fama que tem.
Oi Mylane!
ResponderExcluirJá falei que a capinha do seu celular é linda??? *o* apaixonei! rsrsrsrsrrs
Mais um livro que quero demais ler! Não to comprando nada agora, mas espero poder trocá-lo no skoob e me encantar pela história como vc!
Bjo bjo^^