Pois é, depois de tanto machismo acredito que tenha chegado a hora das mulheres, pelo menos no mercado editorial.
Durante o século XX, autoras como Anaïs Nin, Catherine Milliet e Cassandra Rios expandiram as fronteiras da narrativa carregada de aventuras sexuais e arrebataram milhões de leitoras. Porém essas leitoras não davam suas caras a tapa. E o consumo de literatura erótica se restringia (pelo menos explicitamente) ao publico masculino.
Mas as coisas mudaram após o aparecimento das escritoras de fanfics (fanfic é a abreviação do termo em inglês fan fiction, ou seja, "ficção criada por fãs". Trata-se de contos ou romances escritos por terceiros, não fazendo parte do enredo oficial dos livros a que faz referência); essas escritoras passaram a caprichar na sensualidade e no erotismo dos personagens (pode-se dizer que elas duplicaram após a saga Crepúsculo) e entre elas, pode-se dizer a "louca" que deu a cara a tapa e lançou Cinquenta Tons de Cinza foi E. L. James.
Sabe o que é mais extraordinário? a E.L. James não é nenhuma "promiscua"! É casada e mãe de dois filhos adolescentes! Nossa não? E você ai achando que ler esse tipo de coisa seja algo para mulheres sem pudor.
Algumas mulheres não gostam, tudo bem, mas não podemos negar que todas nós temos curiosidade quando se fala em sexo. Sexo é um tabu no mundo das mulheres ainda. Muitas se privam de desejos e aventuras pelo medo de serem julgadas. Mulheres não vêem filmes pornos, não se masturbam, não fazem sexo sem compromisso.
Essa é a ditadura imposta pela sociedade. Mas todas nós sabemos do mercado pornográfico voltado ao publico masculino, que não é de hoje que ele existe e nem em breve que se extinguirá (e nem deve). A literatura vem introduzindo o sexo feminino nesse mercado. Um livro trás tudo que uma mulher pode esperar quando se trata de sexo. Todas nós sabemos que não somos seres visuais, sentimos muito mais prazer com a situação, com o toque e a expectativa do que com a própria visão. Por isso nos encontramos na literatura erótica. Enquanto os homens consideram erótico o aspecto genital, nós valorizamos o caminho que produz a excitação e permite o sexo. Podemos imaginar, realizar desejos (até mesmo aqueles que temos vergonha de contar aos nosso maridos) e acredito que assim vamos quebrando os tabus e vendo que o sexo em si, nada tem de imoral.
Como você pode recriminar o machismo se é a primeira a dizer que não lê livros eróticos por serem imorais? Esse texto que escrevo para vocês não se trata de apologia feminista, e sim de liberdade de expressão.
Ler um livro erótico não te torna promiscua, aliás você apoia muitas outras coisas imorais das quais nem percebe. Talvez imoral mesmo seja ter de pagar um imposto absurdo pelo seu livro, do qual só vai enriquecer quem não deve (mas isso é história para um outro dia).
O erotismo está na vida de todos nós, e quanto melhor soubermos usa-lo, mais seremos livres e felizes. Livros eróticos podem salvar seu casamento, apimentar seu relacionamento, ou na solidão, pode até salvar sua noite e, consequentemente seu dia!
Não tem nada de vergonhoso em dizer eu leio eróticos.
Eu leio, e você?
Uhu!!!!! É isso ai Andréa!
ResponderExcluirEu tbm leio! kkkkkkk
E pra falar a verdade é um gênero que me espantou e cativou, não sou do tipo certinha *Deus sabe disso*, mas enquanto li uns livros desses, acabei percebendo que já ate passei por situações parecidas!
Parabéns pelo ótimo texto! Adorei!
bjo bjo^^
Eu leio eróticos!!
ResponderExcluirAdorei o post é o meu tipo de livro preferido, e odeio quando alguém me olha torto quando digo que adoro 50 Tons, seu texto está esplendido parabéns.
Beijos ;*
Gostei desse texto! Li dois até o momento e confesso que tive muita vergonha quando li meu primeiro romance erótico!! Rsrsrs... Claro, a coisa passou e eu percebi que até curto esse gênero, que aliás, lerei um livro em breve sobre o tema.. rsrsrsrs
ResponderExcluirNunca havia pensado nos livros eróticos como sendo a libertação das mulheres, por isso gostei bastante do seu ponto de vista.