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terça-feira, 29 de abril de 2014

Resenha: Não Voltarás - Hans Koppel






Sinopse: Mike Zetterberg vive com a esposa Ylva e a filha do casal numa pequena cidade praiana na Suécia. Uma noite, Ylva não volta para casa depois do trabalho. Mike acredita que ela só foi tomar um drinque com as amigas, mas, quando ela não aparece na manhã seguinte, ele começa a se preocupar. Enquanto Mike lida com as suspeitas da polícia e com o próprio desespero, ele nem desconfia de que sua esposa está viva e a apenas alguns passos de casa, presa num porão do outro lado da rua, atraída para uma trama horripilante de punição e vingança. Uma câmera de vigilância lhe permite ver sua família pela tela da TV. Eles não podem vê-la — e certamente não podem escutar seus gritos desesperados de socorro... Não voltarás é um livro eletrizante, que vai prender os leitores da primeira à última página.

Título: Não Voltarás
Autor: Hans Koppel
Editora: Verus
Pág. 294
Melhor preço: R$22,90
Classificação: 8,7 (Ótimo)


Talvez contenha, apesar de ser bem superficial!  

Não Voltarás é daqueles livros que te deixa pensando na história mesmo após você terminar a leitura. A abordagem do autor sobre o tema central do livro – vingança – e a perspectiva de vítima foi elaborada de maneira genial. Afinal, temos 291 páginas narrando a história de Ylva, contra apenas três (as três últimas, é claro!) contando o que de fato ocorreu com Annika.

Mas vamos à história do livro. Os capítulos iniciais mesclam acontecimentos de vários personagens. Temos Anders e seu encontro amoroso pela internet que termina em morte a machadada, temos Jörgen Peterson, um empresário rico, temos o início de uma palestra com um professor de psiquiatria, abordando o tema: “Como é possível?”, temos Ylva e seu marido Mike e, por fim, Calle, um jornalista.
Ylva, ao voltar para casa após um dia de trabalho, recebe a carona de um casal de antigos conhecidos, que coincidentemente acabaram de se tornar seus vizinhos. Ylva hesita em aceitar a carona, mas o faz por educação. Entretanto, acaba se tornando vítima do casal, é seqüestrada e algemada no porão da casa deles. Seu único contato com o mundo exterior é uma televisão que transmite imagens da frente de sua casa, não muito longe dali.
Nos deparamos também com, além do desaparecimento de Ylva , uma série de mortes: Morgan, Anders e Johan. O que ambos têm em comum? Estudaram juntos na escola, na mesma classe.
Ylva é estuprada e mantida em cativeiro pelo homem que a sequestra. Sentimos suas emoções e o modo realista no qual ela encara sua situação, após tentativas fracassadas de escapar. Fora do porão, Mike tenta encontrar Ylva como pode, falando com sua amiga Nour, ligando ao hospital e para a polícia. Porém hesita um pouco em procurá-la, pois pensa que ela pode simplesmente o ter deixado para ficar com outro homem (afinal, temos um história complicada, Ylva gostava de sair com as amigas e não ser repreendida pelo marido por isso, porém ela também o havia traído no passado. Mike tinha um grande pé atrás por conta disso).
Todos pensam que Ylva deixou Mike. Inclusive a polícia, que vai mais além ao levantar suspeitas de que Mike a havia matado. Mas como não encontram prova alguma, o caso é dado por encerrado alguns meses após seu sumiço.
Dez meses após o desaparecimento, Mike começa a se consultar com um psiquiatra para conseguir lidar com o desaparecimento da esposa. E é aí que temos uma grande surpresa: o psiquiatra é, nada mais, nada menos, que o homem que sequestrou Ylva, Gösta Lundin!



Outro fato interessante do livro é que, logo nos primeiros capítulos, temos o início de uma palestra com um psiquiatra. No decorrer dos capítulos seguintes temos trechos sobre essa palestra, que é justamente sobre sequestro e a relação da vítima com o sequestrador. Além disso, podemos observar esses acontecimentos e atitudes no próprio caso de Ylva. Os tópicos abordados são: Afastamento/isolamento social, violência sexual, fome, violência/ameaça de violência, depreciação, dívida, amizade/privilégios, negação de si mesmo e futuro sem esperança.

Outro ponto importante da leitura é que ao longo da narrativa apenas sabemos que as quatro vítimas (apelidados de Gangue dos Quatro) estudaram juntos na escola, e aterrorizavam os demais alunos. Também sabemos que a filha de Gösta, Annika, estudou com eles, e se suicidou há quase vinte anos atrás.
A narrativa toda ocorre em torno de vingança. O fato é que só sabemos o que realmente ocorreu no passado no final da história, que é quando paramos pra pensar quem de fato foi a vítima.
É um livro com cenas fortes, o que particularmente não me agrada, pois não aprovo violência nem o uso de palavras de baixo calão. Mas certamente esses aspectos foram utilizados para tornar a história mais real, ou diríamos cruel?

A capa é bonita e a contracapa em vermelho sangue é bem chamativa. A diagramação, apesar das letras grandes que facilitam a leitura, deixou a desejar, pois em algumas páginas não estava alinhada. Há alguns erros de gramática também. A narrativa é envolvente em quase toda a história, o que faz a leitura fluir muito bem.



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5 comentários:

  1. Oi Amanda!

    Eu já havia lido outras resenhas deste livro que e deixaram igualmente curiosa! A capa realmente é linda, e dá aquele ar de misterio que tanto gosto!

    Parabéns pela resenha! bjo bjo^^

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  2. Eu não sou chegada nesse gênero de livro, o suspense me deixa muito anciosa ,mas de uma maneira ruim rs , mas li a resenha e para os que constam de livro assim ,parece ser otímo mesmo , a capa tem um pik suspense mesmo .

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  3. Nossa que resenha mais bem feita :O estou de caraaaa! hahaha
    Eu amei a temática do livro e, além do mais, adoro livros com violência e palavras de baixo calão ahiaua

    - claro que violência n curto de vdd -

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  4. Oiee ^^
    Adorei a resenha, mas não costumo ler livros tão violentos...kkkk'
    Gosto bastante dessa capa ^^ Uma pena que você tenha encontrado erros de gramática, odeio quando isso acontece *-*
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  5. Por ser um livro de cenas fortes, creio que não leria no momento. Mas, a história parece muito envolvente e tende a prender. Deu para ficar dividida, entre ler ou não.

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