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quarta-feira, 18 de junho de 2014

✓ Resenha: Os Assassinos do Cartão-Postal - James Patterson





Sinopse: Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Frankfurt e Estolcomo. Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando o repórter sueco Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com o jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.

Título: Os Assassinos do Cartão-Postal
Autor: James Patterson
Editora: Arqueiro
Pág. 304
Melhor preço: R$16,92
Classificação: 9,6 (Excelente!)



A história inicia com um assassinato de recém-casados em Paris. No capítulo posterior, conhecemos Jacob (detetive do Departamento de Polícia de Nova York), neste momento em Berlim, investigando uma série de cartões-postais enviados por assassinos em série. O padrão dos assassinatos? Um tanto quanto peculiar. Casais em lua de mel têm suas gargantas cortadas e são fotografados nus, já sem vida. Tanto os cartões-postais quanto as fotografias são enviadas para um repórter local. As vítimas também têm seus pertences roubados e suas contas bancárias esvaziadas. Como os assassinos cometem o crime? Conquistam a confiança do casal e posteriormente os drogam com ciclopentolato (por mais estranho que pareça, é um relaxante muscular utilizado para dilatar a pupila em exames de visão, sua ingestão causa diminuição dos sentidos, ou seja, as vítimas eram dopadas ao ingerir a substância misturada com bebida alcoólica).

“Por que os assassinos enviavam para a mídia primeiro cartões-postais e depois fotografias macabras de carnificina?
Eles queriam chocar?
Queriam fama e aplausos?
Ou tinham alguma outra intenção? Será que as fotos e os cartões-postais eram uma cortina de fumaça para ocultar seus verdadeiros motivos? Se esse fosse o caso, que merda de motivos teriam? (p. 21).

Entre os pontos turísticos dos cartões-postais temos a Basílica de San Miniato al Monte em Florença, o Estado Olímpico em Atenas, Las Ventas em Madri, a Praça da Cidade Velha em Estocolmo, o Parque Tivoli na Dinamarca, o Coliseu em Roma, a La Conciergerie em Paris, a casa onde Anne Frank ficou escondida durante a guerra em Amsterdã, o bunker construído por Hitler em Berlim e a praça Stortorget em Estocolmo.
Já em Estocolmo (Suécia) nos deparamos com Dessie Larsson, jornalista do Aftonposten, que recebe inusitadamente um cartão-postal com uma citação (a princípio sem sentido) no verso.

“Ser ou não ser
Em Estocolmo
Eis a questão
Entraremos em contato”

Jacob então se une a Dessie, além da polícia sueca e alemã, para encontrar os assassinos. Seu interesse vai muito além da sua profissão, afinal, a vítima de Roma era sua filha. Temos aqui um personagem que sofreu uma perda enorme e convive com uma dor insuportável, sendo o único motivo de não cometer suicídio vingar sua filha, encontrando os assassinos.




O que as fotografias das vítimas têm em comum? Todas imitam alguma obra de arte famosa do local aonde o crime ocorreu. A partir desse padrão, a investigação ocorre nos museus de arte. Através da câmera de segurança um casal é identificado como os possíveis assassinos. São eles Sylvia e Mac, estudantes de artes. Jacob tem certeza de ter encontrado os responsáveis pelos crimes, mas o casal possui álibis convincentes em todas as datas. Estariam mentindo? Ou estaria Jacob neurótico em encontrar os responsáveis por sua dor? Uma coisa, entretanto, é fato: a repercussão desse casal como os possíveis assassinos na mídia é enorme.

“Eles gostam de se exigir e são insolentes. Estão nos mostrando como eles têm poder sobra a vida e a morte. Talvez que a morte seja uma forma de arte que podem usar à vontade” (p. 115).

Paralelamente a isso, nos deparamos com mais assassinatos onde notamos algo que não se encaixa, o padrão dos crimes não é o mesmo, as fotos não parecem ser tiradas pelo mesmo fotógrafo. Outras pessoas estariam envolvidas nos crimes?

“A 32ª delegacia de polícia de Nova York tinha os maiores índices de assassinato em Manhattan, mas ele nunca havia visto nada parecido com isso. Todas as mortes eram friamente calculadas e as posições eram preparadas de maneira doentia. No Harlem as pessoas matavam por inveja, paixão, vingança ou dinheiro. As pessoas matavam por causa de drogas, amor ou dívidas, não para fazer exposições de arte” (p. 137).


A leitura é tão envolvente que nos leva a querer desvendar o caso junto com Jacob, Dessie e os demais policiais. Vamos ligando pistas a cada página, buscando sinais nos lugares históricos dos cartões postais e observando o padrão dos assassinatos a cada novo crime.
O livro também faz menção ao “sol da meia noite”, fenômeno que ocorre nos países da Península Escandinávia, quando o sol pode ser visto 24 horas por dia.
A capa é simples, porém bonita e chamativa, os cenários são bem descritos e o fato dos crimes ocorrerem em vários países prendeu minha atenção, pois todos os pontos turísticos e as obras de arte mencionadas na história são citados, fazendo com que os leitores possam imaginar as fotografias dos assassinatos a partir das obras de arte mencionadas. 
Temos dois personagens principais que nos envolvem com seu sofrimento, no caso de Jacob, ou com sua vida monótona antes de tudo ocorrer, no caso de Dessie. O autor mescla romance, brutalidade, sangue e suspense. Temos uma série de assassinatos chocantes e atípicos, que juntam arte à morte, por pior que isso pareça.

Os capítulos são curtos, o que, a meu ver, torna a leitura mais rápida e fácil, mas a impressão pecou em algumas páginas, aonde as letras aparecem borradas.
Eu realmente gostei do livro, apesar de não ser muito fã de histórias de assassinatos. A história é super envolvente, fazendo com que o leitor queira desvendar os crimes, a leitura é bem fácil e o único ponto ruim é que você não consegue parar de ler, mesmo se quiser rs.

 “Na arte conceitual, a ideia, ou conceito, é o aspecto mais importante da obra. A ideia se torna a máquina que produz a arte” (p. 228).

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8 comentários:

  1. Oi Amanda!
    Adorei a resenha, não tinha me animado muito com a sinopse, mas parece ser um enredo bem complexo, e adoro quando o enredo te prende e te faz pensar! rsrsrsrrsrs

    bjo bjo^^

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    1. Olá Ana Paula!
      A leitura prende bem o leitor, até eu que não sou muito fã do estilo adoreeei o livro, você fica querendo sempre ler mais um pouquinho pra saber o que vai acontecer! rs
      Bjs!

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  2. Olá, tudo bem?
    Adorei a resenha. Já quase comprei esse livro duas vezes e agora me arrependo de não ter comprado.
    Eu amo livros assim e tenho uma queda enorme por assassinatos, sangue e guerra rs.
    Adorei tudo aqui.
    Parabéns.
    Beijos
    http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/

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    1. Olá!
      Obrigadaa ^^
      Nossa você vai adorar então! Eu que nem sou muito fã de livros de assassinatos adorei, a leitura flui super bem e prende o leitor do começo ao fim rs
      Bjs!

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  3. Que aula de história/artes ^^ a com os capítulos curtos ajuda a leitura porque indo para a faculdade eu posso ler alguns capítulos sem deixar no meio ^^. Esse livro tem uma história que parece muito envolvente além de instigante, afinal assassinatos e cartão postal não tem muita ligação (pelo menos na minha cabeça rsrs). Amei os locais que aparecem no livro.
    Beijocas ^^

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    1. Olá!
      Eu também adoro capítulos curtos por isso, você pode ler um pouquinho em qualquer lugar rs
      É bem interessante mesmo a história, você fica curioso pra saber e relacionar os assassinatos com os cartões postais e as obras de artes!
      Bjs!

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  4. Eu nao havia gostado muito da capa quando vi esse livro. é a primeira resenha que eu leio dele e confesso que perderia uma grande leitura, de um estilo que eu amo, so por causa da capa kkkk sou apaixonada por livros policiais que tem q desvendar crimes e coisas do tipo *-* vou adorar ler esse ai!!!
    beijos

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    1. Olá!
      A capa é bonita, mas não é tão instigante, mas a sinopse me conquistou e realmente a leitura vale muuito a pena! Se eu que não sou tão fã do estilo adorei, você vai amaaar! rs
      Bjs!

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